sábado, 31 de maio de 2008

Floresta europeia ganha terreno

A floresta europeia tem aumentado um pouco a sua área (8% nos últimos 15 anos), mas não de maneira uniforme e recorrendo a plantações que criam ecossistemas menos "naturais". Isso é também o que tem acontecido em Portugal, constata o último relatório da Agência Europeia do Ambiente sobre o uso sustentável da floresta e a biodiversidade.

Uma coisa parece certa a Europa não vai conseguir parar até 2010 a perda de espécies, ao contrário do que tinha definido como objectivo.
A Agência Europeia do Ambiente analisou a situação do continente europeu (não apenas da União) e, sobre dados de 39 países, fez as contas aumentou nos últimos anos a área ocupada pela floresta, que cobre 33% daquele território. Desta extensão, apenas 5% podem ser considerados "intocados" pelo Homem e ficam localizados sobretudo na Suécia, na região dos Cárpatos, Alpes e Balcãs.
No que toca aos aumentos de extensão florestal, isso ocorreu nomeadamente em três países mediterrânicos (Portugal, Espanha e Itália) e deveu-se à conversão de terra agrícola. O relatório da Agência indica que, nos últimos 15 anos, Portugal passou de 0,6 para 1,2 milhões de hectares de floresta em que se destacam o eucalipto e o pinheiro destinados a produção de matérias-primas.

Constatando que o papel da floresta está a mudar, o relatório adverte relativamente ao uso de espécies florestais modificadas geneticamente. O princípio deve ser o de precaução, afirma-se aí, especificando que o plantio dessas espécies apenas se encontra em regime experimental em alguns países. Idêntico conselho é dado sobre a recolha de resíduos florestais, que poderá fazer perder o habitat de algumas espécies, entre insectos, líquenes e mesmo mamíferos e aves.

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