A concentração de CO2 supera hoje o volume de 380 partes por milhão, quando até recentemente não havia superado ainda as 300 partes por milhão e, há 667 mil anos, registava um mínimo de 172, segundo os dados do CNRS.
No caso do metano (CH4), constatou-se que actualmente existem 1,8 mil partes por cada um bilião, enquanto no passado o volume variava entre 350 e 800 partes por bilião.
Os números são o resultado de um teste de mostras de gelo retiradas de uma profundidade de até 3,27 km, na calota polar da Antárctida, realizado por cientistas franceses das universidades Joseph Fourier e Saint-Quentin, assim como da Universidade de Berna na Suíça. Essas porções de gelo, extraídas nas proximidades da base científica franco-italiana Concórdia no continente antárctico, são os mais antigos analisados até agora - o precedente era de 650 mil anos -, e dão conta da história climática da Terra durante oito sucessões de períodos de geleira interglaciar. Os cientistas que trabalharam com essas mostras de gelo, nas quais estavam contidas gotas de gases atmosféricos de tempos remotos, puderam confirmar a correlação entre as mudanças climáticas, e em particular a evolução da temperatura de nosso planeta, e o ciclo do carbono.
sábado, 24 de maio de 2008
Concentração de CO2 é a mais alta em 800 mil anos
A concentração dos dois principais gases causadores do efeito estufa, o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4) é actualmente a mais elevada dos últimos 800.000 anos, segundo um relatório publicado hoje pelo Centro Nacional de Pesquisa Científica da França (CNRS).
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